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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Antigo Egito e indícios de retomada da "tradição" na sociedade atual



"Eu não cometerei a estupidez de considerar tudo o que não posso

explicar como fraude"


Carl Jung

A MENTALIDADE DO HOMEM DO ANTIGO EGITO


Os mistérios e monumentos do antigo Egito têm fascinado a humanidade por séculos e mesmo por milênios. Uma indagação se coloca logo de partida: o que teria levado essa civilização antiga a deixar um legado cultural tão vasto, rico, com tanta beleza, sofisticação e avançada tecnologia? Por que os antigos egípcios construíram monumentos colossais, como a Esfinge, as pirâmides, os templos e os túmulos?


As respostas dadas por grande parte dos egiptólogos, arqueólogos e acadêmicos não tangenciam a genuína mentalidade e o caráter dos egípcios antigos. Pelo contrário, ao se fixarem mais na materialidade e nos achados arqueológicos, eles criaram mais nebulosidade que entendimento sobre questões chave da sociedade e da cultura do Antigo Egito.


Para se compreender essa civilização antiga, há que se investigar as dimensões simbólicas da linguagem religiosa hieroglífica, a vida nos templos, o papel da cosmologia, da religião e da magia na vida dos cidadãos, o escopo da astrologia e da astronomia na sociedade, os rituais de iniciação, a arquitetura, a geometria sagradas, a relação que mantinham com a natureza, a preocupação que eles tinhm com a saúde e o bem estar, entre outros aspectos da vida social e cultural egípcia.


Poucos foram os que conseguiram captar a genuína mentalidade dessa civilização memorável.Salvo raras exceções, como Rosemary Clark, autora de "A tradição Sagrada no Antigo Egito – a Sabedoria Esotérica Revelada", a maioria dos egiptólogos está longe de desvendar os mistérios dessa cultura inigualável em sabedoria e realizações.


No Brasil, o egiptólogo Jorge Aguer compartilha o mesmo posicionamento de Rosemary Clark e trabalha incansavelmente para a divulgação do legado cultural egípcio, por meio de realização de cursos, palestras e workshops. Ele orienta a formação iniciática de "Terapeutas Solares" e aprofunda e divulga o estudo da Ciência da Alma Egípcia. Tanto no Brasil quanto no exterior (Argentina,Paraguai, Espanha e México, Jorge Aguer ministra cursos e estimula a formação de centros de estudos egípcios para divulgar os conhecimentos sagrados do Antigo Egito.


Os egípcios aspiravam à evolução da sociedade, por meio do despertar da divindade da qual acreditavam-se portadores. Eles retratavam a divindade e o poder humanos, capazes de elevar o conhecimento e a ação da sociedade a um grau de atuação inimaginável. Esse poder adquirido pelos cidadãos seria alcançado por meio de um longo processo iniciático e se expressaria nas grandes realizações da sociedade egípcia em todos os níveis de sua vida social e cultural.


Os faraós, os sacerdotes e demais iniciados no conhecimento esotérico almejavam alcançar a condição de seres cósmicos e espirituais, através de sua atuação em vida.O resultado dessa concepção espiritual evolutiva foi a criação de uma cultura que se manteve, por milênios, no ápice de grandes realizações, impossíveis de serem replicadas, ainda hoje, apesar dos atuais avanços tecnológicos e materiais.


INDÍCIOS DE MUDANÇA NO PARADIGMA ATUAL

Apesar da aparente contradição entre a sociedade moderna e a do antigo Egito, há indícios de que a sociedade contemporânea procura um sentido espiritual para a vida. Isto é evidenciado pelo número crescente de publicações científicas e leigas no Brasil e no exterior sobre a temática espiritual e esotérica. Além do veículo escrito, nota-se volumosa oferta de produções culturais sobre a espiritualidade, seja no cinema, na programação televisiva e, sobretudo, no extenso material divulgado na internet por meio de blogs e sites específicos. Vale registrar ainda, o significativo número de mensagens de cunho metafísico, em especial, para a veiculação de canalizações e ofertas de cursos e vivências de natureza energética e espiritual.


A sociedade contemporânea, do mesmo modo que os egípcios o fizeram em grau infinitamente maior e generalizado, começa a se preocupar em desenvolver as potencialidades do ser humano. Essa procura pela evolução é feita, seja por meio de estudos psicanalíticos, seja por instrumentos e técnicas da Programação Neurolingüística e seus desdobramentos, seja ainda, e sobretudo, pela ação continuada e lenta dos denominados “Trabalhadores da Luz” ou ainda dos "Terapeutas Solares", solitários ou em escolas iniciáticas, os quais se empenham na evolução pessoal e na transformação da sociedade.


É importante conhecer e divulgar as idéias que sustentaram, por milênios, uma sociedade tão fecunda e próspera como a do Antigo Egito. Tal atitude ensina-nos a revitalizar nossa concepção sobre espiritualidade, religião moderna, saúde, beleza e bem estar, estudos psicológicos e psicanalíticos, bem como a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental, por meio do respeito à Natureza.


Esperamos que a humanidade recupere o vigor e a lucidez que impulsionaram e ainda impulsionam as grandes civilizações. Que a nossa sociedade possa recuperar o elo perdido com o divino e que não se apóie apenas no cientificismo e na racionalidade. Acreditamos que haja um meio termo entre o racional e o divino. Atualmente, percebe-se que ciência e espiritualidade começam a ensaiar os primeiros passos de uma esperada reconciliação.


Curiosamente, é a ciência que se vê obrigada a lançar o olhar sobre a tradição e seus ensinamentos para explicar questões físicas, biológicas, psicanalíticas, terapêuticas e astrofísicas para concluir que os estados internos da mente alteram a realidade e a sua percepção pelo sujeito.


Físicos da estatura de Amit Goswami e Fritjof Capra adotam o paradigma holístico de ciência e de espírito, prevalecente no Antigo Egito e nas sociedades do Oriente. Suas obras já começam a ser conhecidas pelo grande público.Goswami, um dos mais respeitados físicos da atualidade, contesta radicalmente o realismo materialista e desconstrói a convicção de que a matéria é o principal elemento formador da criação. Baseado na Física Quântica, ele propõe em suas obras uma nova teoria revigorante e desafiadora: o universo não existe sem algo que lhe perceba a existência, ou seja, a consciência.


"O Universo Autoconsciente - como a Ciência Cria o Mundo Material" é uma síntese emocionante da ciência e da espiritualidade". Outro livro que merece destaque é "A Física da Alma - a Explicação Científica para a Reencarnação, a Imortalidade e Experiências Quase Morte". De forma inovadora, Goswami emprega os fundamentos da Física Quântica para explicar e provar cientificamente conceitos místicos como imortalidade, reencarnação e a vida após a morte.


Capra, por sua vez, inicia a sua trajetória, junto ao público leigo, com "O Tao da Física - um Paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental" e " O Ponto de Mutação - A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente". Nas obras "A Teia da Vida" e "As Conexões Ocultas - Ciência para uma Vida Sustentável" Capra privilegia a idéia de que os seres humanos estão ligados inexoravelmente à teia da vida em nosso planeta.Isso significa que, desde as estruturas moleculares e celulares mais simples, até as estruturas sociais mais complexas da sociedade capitalista,prevalece a noção unificada da vida, da mente e da sociedade. Desse modo, é imperiosa a necessidade de organizar o mundo segundo um conjunto de crenças e valores que não se baseie apenas em acúmulo de riquezas e de bens materiais. E isso deve ocorrer, não só para o bem estar das organizações humanas, mas para a sobrevivência da humanidade e da vida no planeta como um todo.


Em razão disso, é importante volvermos o olhar para sociedades como a do Antigo Egito que conseguiram equilíbrio entre a praticidade material e o inefável da espiritualidade; entre o meio natural e as necessidades da vida social. Toda essa herança cultural do Egito e de grande parte das sociedades orientais fundamentam-se, prioritariamente, nos conceitos de energia e de consciência, os quais estão sendo retomados por mentes mais abertas de cientistas e especialistas modernos. Com base nessa concepção, a Terapia da Polaridade foi inserida no mundo Ocidental pelo osteopata e naturopata Doutor Randolph Stone. Ele realizou extensa pesquisa e vivência das antigas culturas da Medicina Oriental. Em 1950 estabeleceu-se na Índia para estudar esses métodos de cura e desenvolveu o princípio da polaridade humana o que lhe possibilitou na criação de uma forma maravilhosa e eficaz de tratamento através da energia vital e do campo eletromagnético da pessoa.


Vale lembrar que os métodos terapêuticos egípcios empregavam a Polaridade para curar e equilibrar a mente e o corpos físico e multidimensionais. É importante ter em vista que, em um determinado momento da evolução da humanidade, todo esse conhecimento sobre o poder da consciência para captar e canalizar energia tornou-se comum a diferentes culturas, mesmo entre as mais distantes como a dos astecas e maias na América do Sul.


Também com base nessa mesma concepção de vida e de mundo do Antigo Egito e de culturas assemelhadas como a da Índia, o Dr. Richar Gerber escreveu "Um Guia Prático de Medicina Vibracional". Segundo ele, " No mundo da medicina vibracional, a doença é causada não apenas por germes, substâncias químicas e traumas físicos, mas também por disfunções crônicas de padrões de energia emocional e pelos maus hábitos de relacionamento da pessoa consigo mesma e com os outros. O caminho vibracional não usa bisturi e medicamentos de laboratório para tratar as doenças, mas, sim, diferentes formas de energia para produzir transformações curativas na mente, no corpo e no espírito do doente.

Um comentário:

Flávio Abreu disse...

excelente minha amiga.
abraço
flávio